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O Estado e a Produção Audiovisual – Parte 07

A segunda fase da Embrafilme

Foi durante a sua segunda fase que a Embrafilme deixou de ser financiadora e passou a produtora de filmes, investindo capital próprio e assumindo o risco das obras realizadas. A empresa trabalhou para o fortalecimento do mercado interno garantindo o cumprimento das normas de exibição através da fiscalização efetiva das salas de cinema pelo Concine, enquanto investiu no tripé distribuição/divulgação/exibição para assegurar o sucesso dos filmes lançados. A fórmula funcionou, pois nesse período o cinema passou a gerar lucros como nunca antes vistos.

A década de 80 inaugurou uma forte recessão econômica e, com ela, a diminuição do número de salas de exibição, o que afetou a receita da Embrafilme negativamente. Uma sucessão de problemas administrativos e lançamentos de baixa bilheteria deram início à instabilidade na empresa. Mas mesmo com os problemas econômicos a indústria do cinema continuou a se desenvolver, e com ela a política cultural do Estado relacionada ao cinema.

Em 1984 a Fundação Cinemateca Brasileira – reestruturação da Filmoteca do MAM-SP – foi transformada em autarquia pública, vinculada ao Ministério da Educação e Cultura, com o nome de Cinemateca Brasileira. A função desse órgão era a preservação da memória cinematográfica nacional. No ano seguinte, um acordo de cooperação técnica entre a Embrafilme e o National Film Board (NFB), do Canadá, levou à criação do Centro Técnico Audiovisual (CTAv), que era vinculado à Diretoria de Operações Não Comerciais da Embrafilme. O acordo com o NFB tinha duração prevista de dois anos, nesse período foi desenvolvido no Brasil o primeiro curso de formação técnica em animação. Essa era a função do CTAv: contribuir para a formação de profissionais de cinema, além de apoiar o desenvolvimento da produção.

A seguir, fim da ditadura militar e a primeira lei de incentivo.

Nos comentários quero que você compartilhe o que pensa sobre o fato de a Embrafilme cuidar de todos os aspectos da indústria audiovisual à época de sua existência e como esse modelo de intervenção do Estado se relaciona com o modelo em vigor.

E ainda, quero saber se você sabia que o CTAv ainda existe. E diga como foi sua experiência se já usou o centro.

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